terça-feira, 17 de março de 2009

Pesca ao Dourado


Habitam oceanos e mar aberto e raramente encostam no litoral. São extremamente desportivos e procurados nesta prática. Profissionalmente têm alguma procura nalguns lugares e começam a despertar interesse também em Portugal. O dourado cresce até os 40 kg, sendo conhecidos individuos maiores. A sua dieta consiste principalmente em peixes (sobretudo peixes voadores), lulas e crustáceos.
Grande lutador quando ferrado, efectua corridas fortes e rápidas, saltando e batendo com o rabo na superfície, de grande valentia proporciona combates emocionantes e momentos inesquecíveis - com equipamento ligeiro é indescritível. A carne do dourado é deliciosa e muitas vezes vendida pelo seu nome havaiano, MAHI-MAHI.
A sua beleza é incrível e variam as cores do azul ao amarelo. Para procurá-los, precisa-se ir obrigatoriamente embarcado e navegar, dependendo da época do ano, minutos ou horas a partir do litoral.
Espécie ágil e activa são predadores e presas principalmente para atuns, marlins e tubarões. A cabeça das fêmeas é mais arredondada do que a cabeça dos machos adultos.
De Março a Dezembro, aparecem quando as águas aquecem (com temperaturas de 18-19º a 28ºC) e aproximam-se da costa. O seu comportamento valente inclui saltos espectaculares quando ferrados e proporcionam combates limpos de visual indescritível.
Costumam ser encontrados, à superfície e, por isso, a sua pesca realiza-se preferencialmente com iscas artificiais, ao corrico.
MODALIDADE
A modalidade mais praticada consiste em corricar com quatro ou seis linhas pela popa do barco, em geral, a distâncias de 15 metros e 40 metros, cada uma com iscas artificiais ou naturais.
A velocidade deve ser de acordo com o trabalhar das amostras, corrente e vento, sendo certo que eles entram na esteira e atacam desde os 4 aos 8 nós de velocidade de corrico.
Com iscas naturais a velocidade de corrico é menor da velocidade utilizada para o corrico com iscas artificiais.
No meio de um cardume, a modalidade tradicional de lançamento com iscas artificiais também traz resultados e trás muitas emoções.
MATERIAIS
Para a pesca embarcada, o mínimo necessário compõe-se de uma cana para corrico e outra para lançar iscas artificiais ou naturais, quando encontrar um cardume. Escolha a primeira rígida e curta, porém, não precisa ter roldanas, pesada ou extra-pesada resolve.
Completam a tralha para corrico, carretos com pelo menos 200 metros de linhas 0,40 milímetro e líderes de um metro de linhas 0,60 milímetro presos a alfinetes, grampos (snaps), de preferência, com rolamentos. Para lançar iscas naturais ou artificiais, convêm canas médio-pesados de 2,10 metros a 2,70 metros, com carretos e linhas 0,40 milímetro.
ISCAS
Nestes casos, as iscas de superfície ou meia-água, com cores berrantes ou brancas de cabeças vermelhas mostram-se bem eficientes. Das iscas artificiais, são essenciais para fazerem parte da tralha, as amostras tipo lulas e peixinhos de meia-água ou fundo (entre 15 centímetros e 20 centímetros), com barbelas médias e longas, de preferência de cores berrantes tipo abóbora, cor-de-rosa e verde-limão, bem como azuis e brancas com cabeça vermelha.
Para procurá-los ao corrico, com as iscas naturais, as mais recomendadas são lulas, muges ou liças, cavalas e sardinhas frescas. Devem ser amarradas aos anzóis (anzóis número 4 a 7/0) para não se perderem facilmente com o movimento do barco.
DICAS
- Os Dourados não têm dentes e por isso, é dispensável os terminais (empates) de aço; - No corrico, a própria velocidade do barco já trava o suficiente para ferrar o peixe; Lembre-se de deixar a embraiagem apenas um pouco aberta, pois ao abri-la demais, há riscos de perdas; - As corridas desenfreadas e os espectaculares saltos dos dourados fazem parte do "show". Portanto, preocupe-se apenas em não deixar a linha afrouxar. Como pescar o Dourado
O Dourado é um peixe pelágico, migratório, de coloração dourada/prateada, dorso azulado, tendendo ao esverdeado e com algumas pintas escuras no corpo. Apresenta dimorfismo sexual, ou seja, é evidente a diferença do macho para a fêmea. Pode atingir até 2m. de comprimento e são comuns peixes de 2 a 10 kg nas nossas águas. O seu peso médio em adulto é na casa dos 35 kg, conhecendo-se indivíduos acima dos 65 Kg.
Nada geralmente em cardumes numerosos quando jovem e em grupos menores ou aos pares quando adulto, possuindo ainda, um dos mais rápidos coeficientes de crescimento entre os peixes de água salgada.
Habita as chamadas águas azuis, encostando juntamente com ela ao litoral, (entra por sudeste), no início do verão e tem como característica interessante, acompanhar objectos flutuantes, sargaços, embarcações, onde espera as suas presas ou nada ao seu redor.
Além disso tem como costume “agrupar”, ou seja, quando um indivíduo é fisgado, os outros peixes do cardume continuam em seu redor, à sua volta, aumentando as hipóteses para mais capturas. Bastante desportivo, tem como característica saltar quando fisgado e dar corridas espectaculares na flor d’água…
Nada bem próximo à superfície e pode ser capturado com iscas naturais ou artificiais.
Sardinhas, lulas, cavalinhas e outros peixes são um prato irresistível, principalmente quando iscados sem chumbo, com anzol 4/0 a 7/0. A linha pode ser de 0,40mm a 0,50mm pois o Dourado proporciona um combate limpo, apesar de normalmente não se cansar com facilidade, nem facilitar.
Um carreto que comporte 100m de linha 0,50 mm é suficiente para a pesca do dourado na grande maioria das vezes, pois são comuns peixes na faixa de 2 a 10 quilos.
Nas iscas artificiais – modalidade de arremesso, “poppers”, “jumping baits”, “pencil poppers”, “grubs” e “shads” sem cabeça de chumbo (flutuantes), iscas de meia água e lulas artificiais são as predilectas.
As cores variam da prata, branco, rosa, verde, azul e outras tonalidades.
O lançamento (tal como no corrico o passar com as amostras), próximo a tudo o que ande à deriva e bóie, como troncos, espuma, sargaços e outros objectos flutuando, deve ser no sentido em que a isca passe o maior tempo possível próximo a essas estruturas, de forma a chamar a atenção do dourado e aumentar as possibilidades do ataque.
Devemos alternar o ritmo de movimentação da isca e a velocidade de recolhimento para atrair o peixe quando está manhoso. Muitas vezes o dourado persegue a isca sem contudo abocanhá-la. É nessa ocasião que os “shads” e “grubs suspending” são interessantes para entrarem em acção e serem trabalhados.

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